Mesmo contra vontade das mineradoras, do agronegócio e dos madeireiros, Temer revogou totalmente o decreto que extinguia reservas ambientais na Amazônia, evitando se manter no foco da reação negativa de artistas, de ambientalistas, da comunidade internacional e da mídia, que, desde a edição da medida, vem publicando diariamente matérias sempre com posicionamento contrário ao ato da presidência. Refém dos grandes oportunistas do Congresso, parlamentares que vendem os seus mandatos antes mesmo de serem eleitos, através de doações ilegais, Temer agora parte com toda ganância para obter qualquer outra vantagem que o mantenha como presidente. O domínio da máquina pública e a distribuição de verbas para estes setores foram suficientes para a sua manutenção no cargo na primeira denúncia.
Até o momento, poucas foram as manifestações dos partidos que hoje estão na oposição, conclamando a população a se mobilizar pelo “Fora, Temer”, e muito menos as centrais sindicais convocaram manifestações. Ao contrário, algumas delas se uniram para cobrar deste governo, até então chamado de ilegítimo, proposição de soluções para o crescimento econômico e emprego, isto após a aprovação das leis da terceirização e da reforma trabalhista, que regulamentaram a precarização das relações de trabalho no país. Ou seja, parece que todos estão apostando em uma volta milagrosa ao poder em 2018. Até lá, não podemos esperar calados que Michel Temer e seus aliados acabem com as estatais, os bancos públicos e a dignidade do povo brasileiro.
Assim como a defesa da Amazônia foi possível através da mobilização, precisamos reagir contra todos os desmandos da atual gestão da política brasileira. A saída de Temer deve ser prioridade para aqueles que precisam sobreviver no Brasil e ainda acreditam ser possível construir, para as gerações futuras, um país com honestidade, ética e justiça social.
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