Um pedido de urgência para votação do projeto do deputado federal Nelson Marquezelli (PTB) busca mudar o entendimento do STF, que aprovou a aplicação da Lei da Ficha Limpa para políticos eleitos antes de 2010. Durante o julgamento na Corte, prevaleceu o voto do ministro Luiz Fux, para quem o prazo de inegibilidade não é uma punição para o político condenado, mas, sim, uma condição de moralidade para exercer a função de representante do povo.
A Lei, que pode atingir 40 prefeitos, dois deputados e mais de 200 vereadores, provocou a união de 15 partidos das mais diversas estampas, entre eles DEM, PT, PMDB, PC do B, PP e PTB, para combatê-la, contrariando o desejo do povo, que se uniu recolhendo milhões de assinaturas para o projeto originário da Lei da Ficha Limpa.
Foram esses tipos de acordos que colocaram o país na situação que vivenciamos hoje, de retirada de direitos dos trabalhadores, desemprego e falta de perspectivas de um futuro melhor. Para chegar ao poder, a maioria dos partidos não tem nenhum pudor em se aliar aos personagens criminosos já conhecidos. Sarney, Renan Calheiros, Jader Barbalho, Michel Temer e Geddel Vieira Lima fizeram, e continuam fazendo, parte dos planos dos futuros candidatos que antes diziam representar a população mais pobre.
Não existem mais constrangimentos na política brasileira. Após as negociatas para manter Temer e sua quadrilha, deverá haver uma reforma ministerial para atender os sanguessugas que pretendem continuar a saquear o Estado impunemente.
Mudar tudo isso é urgente, e só quando houver consciência de que o Brasil é de todos, que pagamos impostos e temos direito ao respeito como cidadão, poderemos dar um fim a estes oportunistas.
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