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Consultoria comprova tese dos sindicatos de que sustentabilidade da Cassi passa pela implementação da Saúde da Família

Na quarta reunião de prestação de contas do Acordo Cassi aprovado em novembro de 2016 pelo corpo social, realizada nesta terça-feira 12 em Brasília entre as entidades representativas do funcionalismo e as direções da Caixa de Assistência e do Banco do Brasil, a consultoria contratada apresentou o resultado de seu estudo, comprovando a tese defendida pelo movimento sindical de que a sustentabilidade do plano de saúde passa pela implementação da Estratégia Saúde da Família (ESF).

O memorando de entendimento negociado durante dois anos entre a Cassi, o BB, a Contraf-CUT, Contec, Anabb, AAFBB e FAABB estabelece a busca para instituição de medidas estruturantes visando a sustentabilidade da Caixa de Assistência.

A mesa desta terça-feira contou com a presença de representante da consultoria Accenture, contratada pelo BB, que apresentou resultado do estudo realizado na Cassi visando a sustentabilidade da entidade. E também dos diretores eleitos da Cassi, entre eles William Mendes, diretor de Saúde e Rede de Atendimento, que sempre defendeu a ESF.

A principal questão levantada diz respeito ao modelo de atendimento, de livre uso ilimitado, com pouca estrutura própria e controle frágil em relação aos prestadores, e que é insustentável diante da realidade contributiva existente.

Os apontamentos da consultoria mostram que, a partir dos estudos realizados no mercado e na própria Cassi, para manter a perenidade da entidade é fundamental pensar em mudanças no que diz respeito ao modelo de atendimento, relacionamento com prestadores e sistemas de controle. Ficando claro que a implementação efetiva do modelo de Estratégia Saúde da Família (ESF) é o caminho mais viável para garantir a sustentabilidade financeira do plano de saúde.

“A implementação do ESF foi apontada pelo movimento sindical e pelo diretor eleito Willian Mendes como principal solução para os resultados a médio e longo prazo desde a primeira mesa de negociação com o BB, há quase três anos. Hoje, por falta de estrutura e investimento, somente 30% dos associados estão vinculados ao programa, e os resultados com esse público já são comprovados. O trabalho da consultoria só veio mostrar que a defesa histórica dos sindicatos estava correta. Não podemos perder mais tempo. É fundamental, para que a Cassi sobreviva, que o Estratégia Saúde da Família seja implementado imediatamente”, defende Rafael Zanon, representante da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, que participou da reunião.

Também durante a mesa aconteceu apresentação do diretor financeiro da Cassi, mostrando que existe grande probabilidade de déficit no exercício de 2017, ao contrário das previsões realizadas pelo BB em relação a esse tema. O banco justificou a inconsistência das análises anteriores pelo percentual divergente da inflação médica no período em relação à projetada.

“A Cassi não pode mais ficar tão exposta à inflação médica e à atuação irrestrita dos prestadores de serviço. É preciso controle, e para isso a implantação efetiva da Estratégia de Saúde da Família se mostra urgente”, acrescenta Rafael Zanon, que também é diretor do Sindicato de Brasília.

 

Fetec-CUT/CN, com Seeb Brasília

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