Nesta sexta-feira (05), o Banco do Brasil divulgou, no sistema interno, o Programa de Adequação de Quadros (PAQ). O projeto é parte da política de desmonte do banco, que vem sendo ampliada desde o início do governo Temer.
Sob o pretexto de “regularizar as vagas das unidades com funcionários excedentes”, o BB anunciou que vai promover remoções compulsórias. Contudo, a realidade de grande parte das agências é justamente o contrário: faltam trabalhadores para atender a demanda da população. Neste contexto, os bancários serão mais uma vez penalizados com descomissionamento e aumento da carga de trabalho.
Avançando com o projeto de precarização do serviço, o Banco do Brasil também criou três modalidades de desligamento voluntário e incentivado: demissão a pedido para receber complemento de aposentadoria da Previ, demissão a pedido aposentadoria INSS e desligamento consensual. Este último já aplica a nova regra da reforma trabalhista, com pagamento de metade do aviso prévio, se indenizado e metade da indenização sobre o saldo do FGTS.
“O banco de forma unilateral e sem debater com os representantes da categoria, continua promovendo sua nociva reestruturação com redução no quadro, incentivo às demissões e transferências compulsórias. Com a falsa promessa de expansão do encarteiramento, a quantidade de vagas que o banco informa para ascensão sequer redimensiona os funcionários que foram afetados com o último plano de fechamento de agências. Isso demonstra que o desmonte da instituição vem sendo intensificado e que os bancários precisam estar unidos nesse momento”, afirma Larissa Couto, vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região.