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Editorial: Escravos modernos

 

Escravos modernos

Por Alex Leite, diretoria de Imprensa e Comunicação.

A concentração da riqueza mundial em poder de um número ínfimo de pessoas e dos conglomerados empresariais demonstra que a fase mais aguda do capitalismo parece ter chegado ao topo. A partir dos anos 80, com o desmantelamento das políticas de bem-estar social implementadas após a Segunda Guerra Mundial, utilizando-se das novas tecnologias e da globalização, o sistema capitalista conseguiu seguir seu caminho de construção da riqueza por meio da exploração contínua da humanidade e do meio ambiente.
As privatizações de água, energia, saúde e educação, a transformação de seres humanos em meros consumidores e o controle contínuo das redes sociais já provocam a exclusão de milhões de pessoas do acesso aos bens necessários para a sobrevivência com o mínimo de dignidade.
No Brasil, o atentado realizado pelo governo e seus apoiadores no Congresso às leis trabalhistas e a terceirização abriram as portas para a exploração ainda mais acentuada dos trabalhadores. Nos bancos, a contratação de funcionários temporários, com jornada e salários incompatíveis com as funções e, diferente do que prevê o atual Acordo Coletivo da categoria, projeta a formação de uma nova classe, a dos “bancários sem garantias”.
Além disso, o acordo da Febraban com o INSS, para ter acesso aos trabalhadores afastados por doença e realizar a reabilitação profissional e o retorno ao trabalho, mostra a submissão do governo às instituições financeiras. Em vez de cobrar as dívidas dos bancos com a Previdência e obrigar estas empresas a adotar práticas trabalhistas que interrompam e previnam a epidemia de doenças ocupacionais no setor, o governo entrega o oprimido aos cuidados do opressor.
Precisamos refletir e agilizar uma resposta urgente, caso contrário, o futuro ainda pode ser mais sombrio.

 

 

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