Com a proximidade das eleições gerais, os políticos que hoje ocupam cargos públicos começam a se preparar para se eleger ou conseguir a reeleição. Diante das investigações da Lava-Jato, que já levaram para cadeia, mesmo que por pouco tempo, alguns figurões da vida pública e grandes empresários envolvidos nos mais diversos crimes ligados à corrupção com desvios de dinheiro, o mais importante é a busca pela continuidade da impunidade através das garantias conquistadas por meio de um mandato.
É apostando na desinformação, na compra de votos e nos poderes paralelos ao Estado, que até mesmo Temer, o presidente mais impopular da história, anuncia sua candidatura e acusa a Justiça, que determinou a prisão de vários amigos seus acusados de parceria corrupta, de perseguição eleitoral. Com a possibilidade de uma nova denúncia, Michel Temer já articula novos ministros, entre eles, o ex-presidente da CEF, Gilberto Occhi, para dar suporte aos pacotes financeiros para compra de votos no Congresso, assim como aconteceu nas denúncias anteriores.
Os acontecimentos políticos, como a intervenção militar no Rio de Janeiro – que até então não diminuiu os índices de criminalidade e ainda incitou a violência contra os militantes dos movimentos sociais, culminando o assassinato de Marielle -, demonstram que o momento que o país atravessa é de extrema gravidade. Se as eleições transcorrerem neste clima de medo e desconfiança, sem esclarecimento sobre atentados políticos, com certeza, os principais favorecidos serão os extremistas da direita e os corruptos que sempre estiveram no poder. Se você também não consegue dormir com todo esse barulho, está na hora de acordar.
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