Entre os dias 6 e 8 de abril, em São Paulo, aconteceu o 5º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Delegadas e delegados de todo o Brasil, com a participação de representações sindicais da Alemanha e Estados Unidos, discutiram questões sobre atual momento político para a classe trabalhadora e a reorganização do mundo trabalhista, aprovaram o plano de lutas da categoria, realizaram alterações estatutárias e elegeram a nova diretoria da entidade.
No processo eleitoral, apenas uma chapa foi inscrita para a nova diretoria da Contraf e eleita por unanimidade para a gestão 2018/2022. Uma das tarefas dos eleitos será executar as diretrizes traçadas durante o congresso.
Os debates “Desafios dos trabalhadores em 2018” e “O futuro do trabalho frente aos avanços tecnológicos” serviram como base para construir os planos de lutas – “Brasil que queremos” e o “Projeto organizativo do ramo”, que traçam ações de manutenção dos direitos inscritos na atual Convenção Coletivas de Trabalho (CCT), mesmo diante do desafio colocados pela reforma trabalhista.
A Campanha Nacional de 2018 terá como objetivos a continuidade da mesa única de negociações; a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, mantendo seu caráter nacional e a integralidade das conquistas da categoria; a renovação também dos acordos específicos sem perda de conquistas; a defesa do emprego e dos bancos públicos com o seu caráter social; e o fortalecimento da representação da categoria.
Foi destacada, ainda, a necessidade de defesa da democracia e da soberania nacional, além da aprovação de manifestações de repúdio à prisão de Lula e contrária à intervenção militar no Rio de Janeiro.
Na oportunidade, foram debatidas e aprovadas a alteração do prazo de eleição da direção da entidade, de três para quatro anos, a redução no número de membros da Diretoria Executiva, a fusão das secretarias de organização e de políticas sindicais e criação da Secretaria de Cultura. Foi formalizado, também, o poder da Contraf de propor ações judiciais que a diretoria considere necessárias para defesa dos interesses da categoria
“É de extrema necessidade a união da classe trabalhadora. Participar de encontros e elaborar planos de ações para minimizar os efeitos das reformas já aprovadas deve ser a centralidade da luta neste momento, para que não tenhamos mais direitos retirados. Teremos uma Campanha Salarial muito difícil este ano e só com a participação efetiva das trabalhadoras e trabalhadores poderemos alcançar um acordo satisfatório”, aponta Jornan Almeida, diretor financeiro do SEEB/VCR.
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