O Comando Nacional dos Bancários e a Comissão Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste (CNFBNB) entregaram ao banco, na última quarta-feira (13), a minuta específica de reivindicações e um pré-acordo de negociação. O ato da entrega foi realizado na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), em São Paulo.
“A reforma trabalhista acabou com a ultratividade dos acordos e convenções coletivas. Com isso, todos os direitos dos trabalhadores estão garantidos apenas até 31 de agosto. O pré-acordo tem a finalidade de manter as normas em vigor até que um novo acordo seja assinado”, explicou Gustavo Tabatinga, secretário Geral da Contraf.
A presidenta da Contraf, Juvandia Moreira, destacou a importância do BNB para o Nordeste do país. “Uma das prioridades da categoria, não apenas dos bancários das instituições estatais, é a defesa dos bancos públicos. O BNB é fundamental para o desenvolvimento regional. Queremos um BNB forte, com capacidade de investimento na região e também para dar o devido valor aos funcionários, que contribuem com o bom desempenho do banco”, disse.
Pautas específicas
A implementação de um novo Plano de Cargos e Remuneração (PCR) é uma das prioridades dos trabalhadores. “O atual plano possui somente 18 níveis. Está defasado. Muitos funcionários já atingiram esse patamar e não conseguem mais evoluir na carreira”, explicou Rubens Nadiel, representante da CNFBNB.
Outra reivindicação da categoria é a contratação dos aprovados em concursos. “Existem agências com defasagem de até 60% de funcionários, o banco somente convoca novos funcionários quando não suportam mais nossa pressão. Queremos que haja contratações suficientes para acabar com a sobrecarga de trabalho”, criticou o representante da CNFBNB. “Mas, fiquei bastante entusiasmado com a cordialidade com que os representantes do banco nos atenderam e receberam tanto nossa pauta de reivindicações quanto o pré-acordo”, completou.
Nadiel disse ainda que em todas as mesas de negociações com o banco os representantes dos funcionários cobram do banco o pagamento dos dias descontados por conta dos dias parados em decorrência da greve em protesto contra a proposta de reforma trabalhista e da Previdência.