Dando continuidade às negociações da Campanha Nacional, na última quinta-feira (19), o Comando Nacional dos Bancários debateu com a Fenaban as cláusulas referentes a Saúde e Condições de Trabalho.
Entre as reivindicações apresentadas, está o fim da revalidação dos atestados médicos apresentados pelos trabalhadores, que na maioria das vezes é emitido por um profissional conveniado pelo próprio plano de saúde do banco.
Em relação ao adiantamento do valor do benefício do INSS ao trabalhador afastado, o Comando propôs que o futuro desconto seja efetuado no limite de 30% do valor líquido do salário. Os representantes da categoria também pleitearam a inclusão dos aposentados por invalidez na cláusula que trata das estabilidades provisórias e a volta do pagamento do adiantamento emergencial no retorno de licença médica (benefício cessado) quando o trabalhador for considerado “inapto”.
Uma conquista da reunião foi a ampliação do direito a atendimento médico e psicológico, registro de BO e avaliação de pedido de realocação para bancários vítimas de extorsão mediante sequestro, mesmo que não seja consumado. A proposta geral da Fenaban, contendo inclusive o reajuste, deve ser apresentada na próxima quarta-feira, 1º de agosto.
Na última sexta-feira (20), os bancários da Caixa defenderam a manutenção de direitos, a CEF 100% Pública e temas relacionados ao dia a dia dos trabalhadores. O banco não aceitou firmar garantias contra as novas leis trabalhistas e disse que vai seguir a regra de PLR da Fenaban.
Já os bancários do Banco do Brasil reivindicaram, na segunda-feira (23), os temas relacionados à Saúde do Trabalhador e Segurança Bancária. Não houve avanços nas questões específicas de Saúde, mas o Banco se comprometeu a renovar as cláusulas do Acordo Coletivo Aditivo (ACT) que tratam desse tema.
O BB propôs a flexibilização do intervalo de almoço: os funcionários de 6 horas passariam a possibilidade de intervalo de 15 até 30 minutos, já aos de 8 horas seria permitida a redução do intervalo para até 30 minutos. A flexibilização seria normatizada no ponto eletrônico e sem opcional pelo funcionário, não sendo obrigatória a adesão.
“Mesmo com os cinco maiores bancos do país lucrando R$ 75 bilhões em 2017, podemos perceber, tanto pela negociação geral, quanto pelas específicas, a falta de vontade dos banqueiros em valorizar os seus funcionários. Este é o momento de nos fortalecermos enquanto categoria para lutarmos pela manutenção dos direitos e melhores condições de trabalho”, considera Carlos Alberto Gonçalves, diretor de Esporte e Lazer do SEEB/VCR.