Mais uma vez os bancos mandam seus representantes para a mesa de negociação na tentativa de demonstrar que pertence principalmente a eles o poder de negociar sem que os bancários necessitem tomar atitudes mais drásticas, a exemplo da greve para fechar o acordo coletivo.
A falta de uma proposta para o reajuste salarial e para os demais benefícios que compõem os rendimentos dos bancários, demonstra a tentativa de desgastar ao máximo a mobilização, que já começa a se intensificar entre os trabalhadores. A classe bancária está ciente das dificuldades que já enfrentamos para contrapor a intenção dos banqueiros de implantar a terceirização, os contratos temporários e toda forma de precarização na contratação de novos trabalhadores.
Se no início das negociações a Fenaban disse que queria uma negociação rápida e que evitasse o desgaste para os bancários e a população, a postura adotada até o momento parece repetir as táticas e estratégias já conhecidas de anos anteriores. O intuito é de provocar os trabalhadores, negando todas as reivindicações até que não possa haver mais nenhuma possibilidade de acordo sem que seja decretada a Greve Geral dos bancários.
Portanto, não podemos criar uma esperança falsa que no dia 7 de agosto os banqueiros irão apresentar uma proposta que contemple todas as demandas da categoria. É certo que sem mobilização e participação efetiva nas atividades da Campanha Nacional, o que virá por parte dos bancos pode ser apenas mais uma provocação.