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“É preciso debate a direção partilhada na Camed”

Confira abaixo a entrevista com Waldenir Britto, diretor da AFBNB, da FEEB-BA/SE e membro do Comando Nacional de Negociação do BNB.

 

Como está a negociação com o BNB e qual tem sido a postura do banco a respeito dos termos de conduta?

O Banco do Nordeste tem seguido a orientação do governo federal e não tem avançado nas negociações nas questões de interesse dos trabalhadores, mas estamos insistindo na negociação. Em relação aos termos de conduta, ou os TACS, é preocupante porque tem feito com que o bancário seja exposto a riscos desnecessários, devido ao processo de pressão do banco, e isso realmente tem nos preocupado e temos orientado aos bancários a não se arriscar e trabalhar de acordo com as normas para evitar ser penalizado.

 

O que está sendo alterado dentro da CAMED?

A grande questão da Camed é o reajuste que foi feito, que é um reajuste pesado, apesar de garantir nesse reajuste a co-participação dos bancos, nós precisamos discutir a Camed como um todo. Não adianta um reajuste agora e não resolver os problemas de forma efetiva e permanente, e que o banco precisa ter consciência de que não adianta discutir apenas reajuste. É preciso debate a direção partilhada, que os funcionários tenham a mesma participação dentro da Camed, porque é isso que vai fazer a Camed cumprir com a sua obrigação de garantir a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras do BNB.

 

Quais são as principais dificuldades que estão sendo enfrentadas na Campanha Nacional deste ano?

A grande dificuldade é a falta de garantia do acordo, de não ser assinado o aditivo do acordo até que o novo seja assinado. Como o acordo está previsto para terminar no dia 31 de agosto, esse é o grande problema que nós temos para Campanha Salarial. Além nós temos o desafio de manter nossos direitos. Nós trabalhamos no setor que mais lucra no mundo e é necessário que o trabalhador que contribui para esse lucro tenha uma parte desse retorno para si.

 

De que forma será possível favorecer a correlação de forças para o lado dos trabalhadores na mesa de negociação?

A grande questão principal é que o trabalhador precisa ter consciência que ele sozinho ele é fraco e que junto com o sindicato na luta é que ele é forte. Eu digo sempre, se for necessário a gente fazer uma greve onde todos unidos, parando 100% é uma greve que não leva uma semana, porque nenhuma empresa aguenta uma greve de verdade. Esse é o desafio dos trabalhadores, buscar a unidade e fazer, se necessário, uma grande mobilização grevista.

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