Bancários e bancárias da base do SEEB/VCR rejeitaram, em assembleia realizada no último dia 8, a contraproposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que não atendeu as reivindicações.
Os bancos ofereceram apenas a reposição da inflação do período para os salários, PLR, vales e demais verbas econômicas, anunciando que irão retirar a cláusula da CCT que possibilita o abono ou compensação dos dias parados de greve e não garantindo que os bancários não serão substituídos por trabalhadores contratados de forma precarizada.
A decisão de rejeitar a proposta e de aprovar o calendário de manifestações elaborado pelo Comando Nacional dos Bancários foi unânime em todas as assembleias realizadas entre a categoria pelo país. O setor que negou o reajuste real de 5% aos trabalhadores é o mesmo que, com apenas cinco bancos, obteve lucro de mais de R$ 77 bilhões em 2017. Na contramão dos bons resultados alcançados, os bancos vêm demitindo e fechando agências por todo o país, precarizando as condições de trabalho e atendimento, provocando o adoecimento da categoria e a insatisfação dos clientes.
A próxima rodada de negociação com a Fenaban ficou agendada para o dia 17 de agosto (sexta-feira), quando representantes dos bancários formalizarão a rejeição à proposta dos bancos. “Além da cláusula econômica, vários outros pontos não contemplados da nossa minuta de reinvindicações nos impulsionam ao movimento grevista. Os banqueiros apostam na não compensação dos dias parados como forma de desmobilização da categoria, mas os bancários têm força para o enfrentamento a mais este ataque. Permaneceremos unidos e sairemos em busca de nenhum direito a menos”, destaca a diretora de Assuntos Jurídicos do SEEB/VCR, Sarah Sodré.