Com a campanha eleitoral chegando na reta final, os candidatos postulantes à presidência da República intensificam as propostas tentando convencer os eleitores a serem aceitos como salvadores da pátria. Entre a maioria dos candidatos, a referência à privatização das empresas estatais como saída para tornar o serviço público eficiente, livre de corrupção e fonte de arrecadação de recursos para amortizar a dívida pública, tem ganhado as propagandas sem, no entanto, discutir qual a importância destas empresas para a administração e o desenvolvimento nacional.
Apesar dos privatistas pregarem a retirada do Estado de diversas áreas, alegando prejuízos nos balanços destas instituições, se analisarmos apenas pelo ponto da lucratividade, as empresas estatais têm se mostrado altamente rentáveis, mesmo diante do caos econômico que o país se encontra. Os cinco maiores grupos estatais – compostos pela Petrobras, Eletrobras, BNDES, Banco do Brasil e CEF – tiveram um lucro de R$ 15,1 bilhão apenas no primeiro trimestre deste ano. O valor é 44,8% maior que o obtido no mesmo período de 2017. A tendência é que estes números continuem evoluindo positivamente.
Os números já poderiam convencer os mais intransigentes sobre a importância destas empresas para o Brasil. Estes resultados, no entanto, são frutos da dedicação dos milhares de funcionários que compõem o sistema estatal e que têm sofrido uma imensidão de ataques aos seus direitos e uma cobrança incessante pelo cumprimento de metas cada vez maiores.
Seria fundamental para os brasileiros entenderem as estatais como elementos indispensáveis para o desenvolvimento social e econômico do país, sem ter que necessariamente gerar lucro exorbitante. Precisamos resgatar o verdadeiro papel das empresas públicas e impedir que o próximo presidente acabe de vez com estas instituições fundamentais para nosso presente e futuro.