No início do mês, funcionárias e funcionários do Banco do Brasil votaram contra a tentativa de alteração do estatuto da Cassi apresentada pelo banco. Ao todo, 132.504 associados participaram do pleito, sendo que 91.796 disseram não à proposta do BB, que contrariava a representação dos associados com a mudanças de governança na Caixa de Assistência.
Se antes da votação o banco usou de métodos como assédio, mensagens nos terminais de autoatendimento e nos celulares dos funcionários, como nunca havia feito em nenhuma campanha anterior, agora, para demarcar sua insatisfação com a derrota, a diretoria da Cassi divulgou nota anunciando um agressivo contingenciamento de despesas, revisão dos programas de saúde e a seleção de quais prestadores de serviços vai continuar a pagar.
Essa atitude irresponsável coloca em risco o funcionamento da Cassi, deixando mais de 30 mil prestadores de serviço inseguros. Ao que aparenta, a decisão busca expor a Cassi a uma intervenção da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar. É importante destacar que o Banco do Brasil é o principal responsável por esta crise, pois no atual estatuto, está determinado ao banco contribuir para a manutenção da saúde financeira da Cassi.
As entidades representativas dos bancários e demais associados já reivindicaram a reabertura das negociações para construir outra solução viável para ambas as partes, mas o banco ainda não respondeu. A expectativa dos representantes é que o BB mude de postura e negocie para que os serviços e a rede de atendimento aos associados da Cassi não sejam precarizados. “Considero uma irresponsabilidade a nítida ameaça aos associados por não aprovarem a proposta do BB e a exposição da Cassi às regras do mercado. O que o Banco do Brasil faz, através de seus indicados, é um desrespeito total à decisão da grande maioria dos associados. Temos que cobrar agora que o banco abra a negociação e que seja adequada para todos nós”, considera Larissa Couto, funcionária do BB e vice-presidente do SEEB/VCR.