A Constituição de 1988, conhecida como Constituição Cidadã, completou 30 anos em um momento pouco propício a comemorações. Em meio à grave crise econômica e política que se instalou no Brasil, não faltam propostas para substituí-la.
Desde a redemocratização no país, o movimento sindical marcou presença nos espaços institucionais, seja como parte de governos, como integrantes de conselhos e órgãos colegiados do Poder Executivo ou, o mais comum, como grupo de pressão por direitos trabalhistas e sociais. Foram anos de luta que resultaram em conquistas para melhorar as relações e as condições laborais, buscando equilibrar a disputa injusta entre capital e trabalho.
Porém, tais conquistas sempre estiveram na pauta dos sucessivos governos, ora mais, ora menos prejudiciais aos trabalhadores e à sociedade como um todo. Há 30 anos o movimento sindical atua pela manutenção dos direitos inscritos na Constituição de 1988, muitos dos quais já extintos, outros não regulamentados e algumas raras conquistas.
Discussões históricas à parte, é uníssono entre todos os brasileiros que algo está muito errado, haja vista a vivência do momento atual, o que nos resta é estudarmos e nos educarmos para, pelo menos, alcançarmos a consciência histórica brasileira e, assim, poder contribuir efetivamente para a verdadeira evolução do nosso país.
Com a proximidade do período eleitoral e tendo como pano de fundo o atual cenário parlamentar, voltado aos interesses do capital, precisamos estar em alerta. O envolvimento dos trabalhadores no processo eleitoral é essencial para combater retrocessos.
Por Larissa Couto,
vice-presidente do SEEB/VCR.