Após fazer sua campanha política pregando que não acomodaria em seu governo indivíduos acusados de corrupção, que não teria mais de 15 ministérios – já são 22 -, do fim, da manutenção, e novamente do fim do Ministério do Trabalho, as máscaras começam a cair antes mesmo do início do governo Bolsonaro.
O Ministério Público abriu uma nova investigação contra Paulo Guedes, o superministro, por fraudes em investimentos com recursos de fundos de pensão. Também será investigado Onyx Lorenzoni por recebimento de caixa dois. Além disso, o grupo teve suas campanhas bancadas pelos setores das armas e do agronegócio, com dinheiro vindo da JBS e da Odebrecht, envolvidas diretamente na Operação Lava Jato.
Novas informações apontam que Ministério do Trabalho será extinto e suas funções serão diluídas em outros ministérios, demonstrando total falta de respeito com os interesses dos trabalhadores.
Além disso, os ministérios do Meio Ambiente e Cidadania, ainda não definidos, podem ser entregues a personagens que em nada defendem os interesses das áreas em discussão. Serão apenas fantoches seguindo a cartilha conservadora nos costumes e liberais na destruição dos direitos. Com a extinção ou enfraquecimento do INCRA, FUNAI e Ibama, e pelas declarações sobre este setor, o futuro das próximas gerações pode estar comprometido, pois a ideia agora é destruir para produzir, indo totalmente contra os estudos científicos e econômicos sobre o clima e o aquecimento global e o desenvolvimento sustentável.
Diante de todo este discurso, para agradar as pessoas e não os partidos – como tem dito o presidente eleito -, vai demonstrando que não é tão fácil cumprir compromissos de campanha, pelo menos no que diz respeito a atender os mais ricos e mais gananciosos. Demonstra também, como já esperávamos, que os trabalhadores e as classes menos favorecidas pagarão mais uma vez o custo da crise e das medidas prometidas.
Por Alex Leite,
diretor de Comunicação do SEEB/VCR.