Na manhã da última quarta-feira (01), o presidente do Sindicato, Paulo Barrocas, os diretores Larissa Couto e Rodrigo Maia, e o advogado Cristiano Araújo estiveram reunidos com o gerente Geral do BB/ag. 0188-0, Celso Rocha Filho, que representou o superintendente Regional. No encontro foi tratado a forma como a diretoria do Banco do Brasil vem se posicionando nestes primeiros dias de greve.
Um dos pontos discutidos foi o assédio moral, que tem sido denunciado com frequência pelos bancários que estão participando da greve. Existem relatos de que os diretores do BB estão ligando para os funcionários, pressionando para que eles não façam adesão ao movimento paredista. Outro grave acontecimento que chegou ao conhecimento do Sindicato é que funcionários comissionados estão recebendo ligações da Regional de Salvador ameaçando a perda do cargo caso participe do movimento.
O diretor Jurídico do SEEB/VCR, Rodrigo Maia, salientou que o Banco do Brasil vem ferindo a Lei de Greve com práticas anti-sindicais. “A Lei de Greve impede, por exemplo, que eles violem direitos e garantias fundamentais do empregado e assegura também que não existam atitudes de constrangimento ou que forcem o empregado a retornar ao ambiente de trabalho. Para garantir os direitos dos bancários, estamos entrando em contato com o Ministério Público do Trabalho e demais órgãos responsáveis”, afirma.
Para Larissa Couto, diretora de Cultura e Formação Sindical, o movimento não irá ceder às coações do Banco do Brasil. “A reunião realizada com o representante do BB hoje foi para cobrar o posicionamento da instituição em relação à greve. Recebemos diversas denúncias de atitudes anti-sindicais de gerentes, como ligações, ameaças de descomissionamento e pressão para trabalharem em outras agências. Não vamos aceitar que práticas como essas tentem coibir o movimento, ao contrário, isso fortalece ainda mais nossa luta por melhores condições de trabalho e mais dignidade para a categoria”, conclui.