Com o apoio do partido do presidente Bolsonaro, o PSL, Rodrigo Maia (DEM) dará continuidade ao mandato de presidente da Câmara Federal. Em uma eleição bizarra, Davi Alcolumbre (DEM) virou o novo presidente do Senado. Pelo discurso e o perfil dos eleitos, podemos esperar que farão de tudo para aprovar a reforma da Previdência, tão sonhada pelos liberais do novo governo.
Se para aqueles já aposentados e para os trabalhadores que estão no mercado de trabalho o futuro é incerto, as perspectivas continuam sombrias para os desempregados e as pessoas que tiveram que ocupar o mercado informal para sobreviver.
Até o momento, nenhuma medida econômica que possa incentivar o crescimento das atividades que geram emprego e renda foi anunciada. O fim da política de valorização do salário mínimo frente à inflação retirou da classe de menor poder aquisitivo um importante recurso – que voltava para o Estado por meio dos impostos sobre o consumo.
Passado mais de um mês que assumiu o governo, o único ato efetivo foi o decreto que facilitou a posse de armas. O anúncio de medidas para acabar com a criminalidade no país – propostas pelo ministro Moro – ainda carece de votações no Congresso, além das discussões sobre sua efetividade, constitucionalidade e algumas possíveis consequências negativas. São ações que necessitarão de maior tempo para que os resultados possam ser avaliados com maior clareza.
Pelas alianças dos partidos no Congresso, parece que a velha política do “tudo por eles” continua. Até mesmo aqueles partidos que se dizem de esquerda preferiram seguir caminhos individuais, parecendo apenas buscar espaços midiáticos, sem unificar forças na defesa do interesse da maioria da população necessitada do Brasil. Só nos resta continuar resistindo, sem resignação, aos ataques que a cada dia afligem a classe trabalhadora.
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