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SEEB/VCR homenageia ícones do feminismo

A história é marcada por mulheres que, por suas ideias, atitudes e trabalho, se opuseram às restrições impostas pela sociedade e influenciaram a mudança de pensamento. Neste mês de março, o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região promove o debate sobre o feminismo e homenageia, na logomarca do evento, nove mulheres que se dedicaram por direitos e causas sociais.

Entre as mulheres que influenciam a luta na contemporaneidade está Marielle Franco. Socióloga e vereadora pelo município do Rio de Janeiro, Marielle militava nas em movimentost sociais e LGBTIs, e denunciava constantemente abusos de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes. O atentado que tirou a vida de Marielle e do seu motorista, Anderson Gomes, completa um ano em 14 de março, mas o crime ainda não foi esclarecido.

A farmacêutica Maria da Penha lutou pela condenação do ex-marido, que atentou contra a sua vida por diversas vezes, chegando a deixa-la paraplégica. Tornou-se líder de movimentos em defesa dos direitos das mulheres e contra a violência doméstica. Em 7 de agosto de 2006, foi sancionada a Lei que leva seu nome, uma importante ferramenta no combate à violência contra mulheres no Brasil.

Já a norte-americana, Angela Davis, é ícone da luta pelos direitos civis, pelos direitos das mulheres e contra a discriminação social e racial nos EUA nos anos de 1970, e se mantém militante do movimento feminista, negro e LGBTI.

O campo da produção intelectual está representado por Simone de Beauvoir e Alexandra Kollontai. Simone, que nasceu na França, escreveu romances, ensaios, biografias, e monografias sobre filosofia, política e questões sociais, e no tratado “O Segundo Sexo”, de 1949, apresenta uma análise detalhada da opressão das mulheres. Por sua vez, a russa Alexandra viveu de forma revolucionária e lutou por ideias em defesa da mulher, escrevendo obras que iam muito além do seu tempo, com elaborações sobre a família, o amor autêntico e as relações de gênero.

Nas artes, a mexicana Frida Kahlo possuia um estilo próprio e utilizava seus quadros para representar sua luta e as condições impostas ao gênero feminino. Também militou no partido comunista mexicano e lutou pelos direitos das mulheres.

O conflito armado contra a opressão governamental está expressa através de Dinaelza Coqueiro e Maria Felipa. A conquistense Dinaelza integrou a guerrilha do Araguaia, entre 1971 e 1973, contra a ditadura militar brasileira e foi presa, torturada e executada. Já Maria Felipa liderou um grupo de 200 pessoas, entre mulheres negras, índios tupinambás e tapuias nas batalhas contra os portugueses durante a Independência da Bahia.

A luta das trabalhadoras é lembrada através da líder sindical Laudelina Campos, que atuou em movimentos populares e fundou a primeira Associação de Trabalhadores Domésticos do país. Laudelina também trabalhou para a fundação da Frente Negra Brasileira.

“Por meio da luta e participando de movimentos importantes para a formação do nosso país, conseguimos ter acesso à educação, direitos civis e políticos. A homenagem do Sindicato serve para não nos esquecermos das mulheres que foram fundamentais para essas mudanças, no Brasil e no mundo. Seguimos combatendo o machismo para deixar para trás a inferiorização que nos foi imposta”, afirma Juliana Higon, diretoria de Assuntos de Raça e Etnia.

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