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Santander e BB montam “quiosques” para terceirização

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Na tentativa de reduzir gastos com trabalhadores, hoje é muito comum empregadores contratarem terceirizadas para desenvolver atividade-meio e atividade-fim. E aí que está o primeiro problema da prática. A CLT regulamenta a terceirização apenas para atividade-meio, restringindo a atividade-fim exclusivamente aos trabalhadores em regime de conexão funcional.

Nas cidades que compõem a base do SEEB/VCR os postos terceirizados dos bancos não têm condições mínimas para atender às demandas. Não há monitoramento nem segurança adequados, e os funcionários não são preparados para lidar com a rotina bancária. Mas, para os bancos, a prática é tão vantajosa que eles só querem estendê-la.

Em Vitória da Conquista, há algum tempo, trabalhadores terceirizados vêm desenvolvendo atividades bancárias na porta do Santander e do Banco do Brasil. Na entrada do banco espanhol, trabalhadores oferecem serviços de empréstimo consignado, sem o mínimo de conforto e segurança. Já no BB, uma mesa plástica e um guarda-sol fazem guarita aos trabalhadores que realizam consórcios e empréstimos na porta do banco.

Além da insegurança para clientes e funcionários, o modelo de contratação fragiliza a organização da categoria e expõe o trabalhador a sérios riscos. Nos bancos, a terceirização vem como uma desqualificação do trabalho dos bancários e como uma imposição arbitrária aos clientes, que são empurrados para bancos postais, casas lotéricas e, agora, a quiosque de atendimento, por exemplo, sempre que possível.

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