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Enfraquecimento da Caixa é pauta do ato dos 100 dias de governo

Manter os bancos públicos fortalecidos em prol do desenvolvimento social e econômico foi um dos pontos abordados pelo presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Ferreira, durante o ato “100 dias de desconstrução do Brasil”, promovido pelo Observatório da Democracia, nesta quarta-feira (10), no plenário 6 da Câmara dos Deputados.

Sete fundações integrantes do Observatório apresentaram relatório conjunto que, dentre outros aspectos, discorreu sobre ações, políticas e estratégias adotadas durante os 100 dias nas áreas previdenciária, econômica, cultural, ambiental, de interlocução com os poderes Legislativo e Judiciário e de relações internacionais.

O presidente da Fenae, Jair Ferreira, avaliou os impactos desse período e reconheceu que os últimos anúncios da presidência da Caixa Econômica Federal (CEF), como os planos de arrecadar R$ 15 bi com a abertura de capital de quatro subsidiárias, além da venda de participações, ativos e loterias, ameaçam a instituição. “Retirar dos bancos públicos ferramentas de gestão do desenvolvimento social e econômico é condenar toda uma sociedade”, declarou.

Ferreira falou também sobre a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos “A criação da frente liderada pelo senador Jaques Wagner (PT-BA) e pelo deputado José Carlos é um instrumento importante que estas duas Casas fornecem.”

Relatório dos 100 dias

Dados do Ibope, trazidos no documento, mostram que em janeiro, o presidente da República tinha 49% de avaliação positiva, teve uma queda em fevereiro para 39% e para 34% no mês de março. Já a avaliação negativa registrada em 11% no mês de janeiro, subiu para 19% em fevereiro e para 24% em março.

Segundo Marcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo, a construção de uma análise coletiva organizada tem o intuito de monitorar as políticas públicas. “A iniciativa visa contribuir com o parlamento brasileiro com a sociedade organizada que está acompanhando o desenrolar desses 100 dias”, pontou.

Já Renato Rabelo, que preside a Fundação Maurício Grabois, fez uma defesa da democracia. “O crescimento da extrema direita é um fenômeno não só do Brasil, mas do mundo ocidental e tem relação direta com as demandas do capitalismo atual”, concluiu.

O representante da Fundação Cláudio Campos, Marcos Vinicius, considera que há um  descaso em relação à cultura “O atual governo não vê a cultura como um dos itens fundamentais à um projeto de nação. Disseram que a Caixa teria investido 2,5 bilhões em 2018 em cultura,  mas na verdade foram 685 milhões”, exemplificou.

Participaram do evento entidades parceiras do Observatório, dirigentes das fundações partidárias e representantes de movimentos sociais. Dentre outros parlamentares, estiveram presentes os deputados federais Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Alessandro Molon (PSB-RJ), Túlio Gadelha (PDT-PE), Daniel Almeida (PCdoB-BA), Henrique Fontana (PT-RS).

Observatório da Democracia

Lançado em 31 de janeiro deste ano, o Observatório da Democracia é uma iniciativa coletiva das fundações Perseu Abramo (PT), João Mangabeira (PSB), Lauro Campos e Marielle Franco (PSOL), Claudio Campos (PPL), Leonel Brizola-Alberto Pasqualini (PDT), Mauricio Grabois (PCdoB) e Ordem Social (PROS), para monitorar as medidas do atual governo federal e defender a democracia, dentre outros objetivos.

As fundações produzem documentos e relatórios com dados analíticos em áreas como soberania, dimensões social e ambiental e infraestrutura.

Saiba mais em www.observatoriodademocracia.org.br

 

Fonte: Fenae

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