Por Alex Leite,
diretor do SEEB/VCR.
A referência do dia 1º de Maio é a luta e a resistência dos trabalhadores aos ataques dos patrões e do governo contra o direito ao trabalho com dignidade e respeito. Na atual conjuntura de crise política e econômica, vários países se renderam às ideias retrógradas levando a direita ao poder e implementando retrocessos nas leis trabalhistas. Fruto da luta e do sacrifício de milhões de trabalhadores, as leis buscam amenizar a exploração extrema a que somos diariamente submetidos no sistema capitalista.
No Brasil, vivemos um momento em que o risco de perdas para a população que não faz parte do 1% que detém a maior parcela da riqueza nacional é alarmante. Um exemplo é o salário mínimo, que não prevê nenhum aumento real, modificando a política de rejuste que vinha acontecendo nos últimos anos.
Aliado à isso, há diversas medidas que intencionalmente irão prejudicar a maioria da população, como a reforma da Previdência, nos moldes em que está sendo anunciada; os ataques ao sistema educacional, às populações indígenas e quilombolas; a investida contra as políticas voltadas para as questões de gênero e meio-ambiente; isso tudo em conjunto com o maior projeto de desnacionalização das empresas públicas que já está sendo implementado pelo ministro da Economia.
Nesse pacote de entrega do patrimônio público, o canhão da privatização já colocou os bancos estatais na mira. A esfera privada espera ansiosamente para assumir esse setor que sempre tem obtido uma alta lucratividade independente do governo que esteja no poder.
Organizar, resistir e lutar durante todo o tempo. Essas têm sido as únicas alternativas para a classe trabalhadora de todo o mundo, para que o retrocesso não seja ainda maior.