As notícias não são boas para o funcionalismo e os clientes do Itaú. Até o início desta semana, o maior banco privado do país fechou 77 agências. Dessas, 35 tiveram as atividades encerradas até a primeira quinzena de abril. E não acabou. Até junho, outras 57 serão fechadas.
Com o fechamento, os bancários ficam apreensivos e os clientes terão de se deslocar para outras unidades para conseguir atendimento. Ao todo, 112 dos 122 funcionários da área operacional das 35 agências fechadas até 15 de abril foram realocados. Sob a justificativa de problemas na performance, os outros 10 foram desligados. O banco ainda não informou o número de demissões.
Os dados preocupam e foram informados pelos representantes do Itaú na reunião com a COE (Comissão de Organização dos Empregados), nesta terça-feira (07/05). Segundo a empresa, as unidades não davam resultados positivos.
A COE cobrou a reabertura do Centro de Realocação e reivindicou que os bancários realocados não tenham avaliação de performance durante os seis primeiros meses de realocação. Nova discussão foi marcada para 18 de junho, quando as informações sobre a realocação das novas agências fechadas devem ser atualizadas.
Outros dados
Além de confirmar o fechamento de 77 agências pelo Brasil, o Itaú também apresentou informações demográficas internas. No quadro funcional do banco, as mulheres representam 59,4% do quadro funcional, 95,73% aderiram ao convênio médico da empresa.
Também foi divulgado os dados de desligamentos. A faixa com maior número de demissões (26,2%) é entre os 25 e 34 anos. Outros 18,8% estão na faixa de 40 a 49 anos.
Os representantes dos funcionários do Itaú cobraram explicação sobre o aumento nas demissões na área operacional. A área administrativa é responsável por 31% dos desligamentos em 2019, a área comercial por 27,2% e 41,8% a operacional. O índice de demissões no passado foi de 28% na área administrativa, 40,9% na comercial e 31,1% operacional.
Fonte: SBBA.