Quem é usuário de plano de saúde sabe bem das dificuldades que enfrenta. Demora para agendar consultas, exames que não fazem parte da cobertura e falta de médicos são as principais queixas.
Diante de tantos problemas, em janeiro deste ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) buscou ampliar o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Todos os beneficiários de planos regulados pela Agência têm, hoje, direito a 37 medicamentos orais para tratamento de câncer, 28 cirurgias por videolaparoscopia, radioterapia com IMRT para tumores na região da cabeça e do pescoço, introdução de medicamento por via subcutânea para tratamento da artrite reumatoide, entre outros procedimentos, como cirurgias e exames laboratoriais. Além disso, existe hoje a obrigatoriedade do fornecimento de bolsas coletoras para pacientes ostomizados. Para os planos da área odontológica, foram incorporados os procedimentos “enxerto gengival livre”, “enxerto pediculado” e “tunelização”.
Essa ampliação é válida para os chamados planos novos, ou seja, aqueles contratados a partir de 02 de janeiro de 1999. Os planos contratados antes desta data precisam estar adaptados à Lei dos Planos de Saúde (a consulta pode ser feita no site da ANS).
O advogado do SEEB/VCR, Cristiano Araújo, destaca que mesmo existindo diferentes tipos de planos de saúde, muitas empresas negam os serviços que deveriam ser oferecidos obrigatoriamente. “Os planos de saúde ainda negam coberturas a alguns consumidores, mesmo estando abarcados no rol de cobertura de consultas, exames e demais procedimentos. Sabemos que praticamente toda a categoria bancária utiliza plano de saúde, por isso é importante que o bancário denuncie, caso tenha algum direito desrespeitado”, afirma o advogado.
Para a diretora de Assuntos de Saúde e Qualidade de Vida do Trabalhador, Eneide Lima, é preciso que o bancário cuide de sua saúde também de forma preventiva, com acompanhamento médico permanente. “O atendimento por planos de saúde aqui no Brasil é muito precário.
Recomendamos que os bancários denunciem, reivindiquem, pois nossa categoria precisa de um acompanhamento médico especializado em saúde do trabalhador, para que ele fique atento às doenças ocupacionais”, conclui.