A carga tributária paga por pessoas físicas e empresas em todas as esferas de governo chegou a 35,95% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país), um novo recorde histórico. Um crescimento de 0,09 ponto percentual em relação a 2012, quando a carga tributária brasileira alcançou 35,85% do PIB. A variação, segundo o Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros (Cetad), foi resultado da combinação do crescimento real de 2,5% do PIB e de 2,76% da arrecadação tributária federal, estadual e municipal.
Do R$ 1,74 trilhão arrecadado, a União foi responsável por 68,92% do total; os estados, por 25,29%; e os municípios por 5,79%. Em pontos perecentuais, houve uma queda na arrecadação da União de 0,14, que pode ser explicada pelas desonerações concedidas em 2013. As principais foram nas folhas de salários; cesta básica; Cide-combustível; IPI-total; e Nafta e álcool, entre outros.
Por outro lado, o que mais contribuiu para o aumento da arrecadação da carga tributária foram o Imposto de Renda Pessoa Jurídica; a Cofins e a Contribuição para o FGTS.
Entre 12 países da América Latina, o Brasil era o segundo com a maior carga tributária em 2012, com 35,9%, ficando atrás somente da Argentina, que foi de 37,3%. Os venezuelanos foram os que menos pagaram impostos naquele ano, a carga tributária no país ficou em 13,7%.
A carga tributária de 27 países da OCDE em 2012 variou entre 48%, a mais alta, na Dinamarca e a mais baixa, 20,8% no Chile. O Brasil ficou em 13º lugar, com 35,9%, acima do Reino Unido, com 35,2% e abaixo da Alemanha, 37,6%.
Fonte: O Globo