A manifestação dos funcionários da CEF, realizada em defesa da manutenção da empresa 100% pública, deixa claro que será preciso unir toda sociedade para garantir a manutenção desse patrimônio público brasileiro. Essa luta, que ainda está no começo, precisa ser entendida como fundamental para manter nas mãos do poder público uma instituição que pode interferir diretamente nas políticas econômicas – como já foi feito – para garantir a estabilidade dos juros.
A submissão deste governo às expectativas do mercado financeiro, adotando medidas extremamente prejudiciais aos trabalhadores, e rifando um patrimônio construído há mais de 154 anos com a dedicação e esforço do seu quadro de funcionários, frustra a sociedade brasileira que esperava o prometido fortalecimento das empresas públicas e a valorização dos seus empregados.
A cooptação das lideranças sindicais através de cargos públicos, ocorrida nos últimos 12 anos, também tem contribuído para que atitudes prejudiciais à nação venham sendo efetivadas sem muita oposição.
As centrais trabalhistas do Brasil tem a obrigação moral de exigir da presidenta Dilma a revogação imediata de qualquer possibilidade de abertura do capital da Caixa. Afinal, foi para os seus dirigentes que ela assumiu o compromisso de fortalecer a empresa e não retirar direitos dos trabalhadores.
Não podemos nos calar. A Caixa é 100% pública, e tem que continuar!