Mais uma vez, os funcionários do Banco do Brasil passam por transtornos ligados à Cassi. O Conselho Deliberativo da Caixa de Assistência aprovou na última segunda-feira (24), por 5 votos a 3, uma proposta de novo aumento nas taxas de coparticipação.
Com o voto favorável dos indicados do BB e de Sérgio Faraco, um dos representantes eleitos pelos associados, a partir de agora serão cobrados 50% na coparticipação das consultas agendadas ou de emergência, sessões de psicoterapia, acupuntura e visitas domiciliares, e 30% nos serviços de fisioterapia, RPG, fonoaudiologia e terapia ocupacional que não envolvam internação hospitalar.
Além disso, foi aprovado o pagamento integral na coparticipação em determinados exames, com teto mensal de 1/24 e o valor excedente cobrado nos meses subsequentes. Anteriormente, os associados pagavam o valor de 1/24 apenas uma vez.
Este já é o segundo reajuste nas taxas de coparticipação em 2019. No mês de janeiro, os associados já sofreram com o aumento de 30% para 40% na coparticipação de consultas médicas e psicoterapia, e de 10% para 20% nos serviços complementares. Vale ressaltar que o próprio Banco do Brasil não aporta nenhum valor sobre as coparticipações.
Tudo isso reflete o descaso do banco e da operadora Cassi com a saúde dos funcionários. Esse aumento demonstra que não há preocupação com os associados que necessitam de um maior uso dos serviços de saúde, afetando a capacidade de pagamento daqueles que mais precisam da Cassi, além de desconsiderar o princípio da solidariedade e os preceitos de proporcionalidade contributiva e gestão compartilhada.
Com isso, há o risco de aumento no número dos casos de agravo e internação, o que é contraditório ao preceito de utilização da Caixa de Assistência, que é a preservação da saúde e prevenção das internações, o que onerará ainda mais a própria Cassi.
“Essa alteração pesa ainda mais os associados, rompe o estatuto e não resolve as questões financeiras da Cassi. Os indicados pelo banco tomaram uma decisão irresponsável e nós vamos combater esse ataque através das entidades representativas”, afirma Larissa Couto, vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região.