Uma das últimas ações do primeiro mandato do governo Dilma, as medidas provisórias nº 664 e 665/2014 enrijeceram as regras para a obtenção do seguro-desemprego, do auxílio-doença, do abono salarial e da pensão por morte. Conforme anunciado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, as medidas neoliberais do governo devem economizar R$ 18 bilhões para os cofres públicos – conta que será paga pela classe trabalhadora.
Na última quarta-feira (28), as centrais sindicais CUT, Força Sindical, CSB, Nova Central, CTB e UGT foram às ruas no Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e Direitos. O ato principal aconteceu na Avenida Paulista, em São Paulo, e reuniu cerca de 10 mil pessoas, segundo informações das centrais. Em frente à Caixa Econômica da Paulista os manifestantes realizaram um abraço simbólico do prédio contra o projeto de privatização da instituição e cobrando a manutenção do caráter 100% público do banco. Ações semelhantes também aconteceram nas demais capitais.
O dia de manifestações foi uma oportunidade para as centrais demonstrarem sua capacidade de mobilizar os trabalhadores e de confrontar os projetos neoliberais que estão na pauta econômica do governo Dilma. Infelizmente, os atos reuniram apenas dirigentes sindicais que, em sua maioria, estão comprometidos com o projeto governo e não possuem força ou não querem estimular a população para um confronto que coloque em risco uma governabilidade que até então tem interessado a poucos privilegiados.
Um dia nacional de lutas também está sendo organizado pelas centrais sindicais na defesa da manutenção da Caixa como um banco 100% público.