A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil se reuniu nesta quarta-feira (4), em Curitiba, com representantes do Banco do Brasil para tratar de questões específicas dos funcionários das Centrais de Relacionamento do banco (CRBB).
“Houve uma mudança do perfil de trabalho realizado nas centrais. Elas deixaram de apenas atender a demanda e passaram a realizar consultoria sobre os produtos do banco. Por isso, tivemos que fazer o levantamento dos principais problemas enfrentados pelos trabalhadores. Hoje apresentamos esses problemas para o banco. Foi uma mesa de negociação que iniciamos esse debate, que não se encerra agora”, explicou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.
Fukunaga explicou que, com a mudança de perfil de atendimento para relacionamento da central, os funcionários passaram a ter metas a cumprir. Estas, assim como acontece com os demais funcionários, também são mensuradas pelo “Conexão”, a ferramenta de controle de metas do banco.
Segundo o coordenador da CEBB foram apresentadas uma série de pontos que podem ser agrupados entre questões de gestão, de pessoal e de valorização (veja abaixo relação de pontos levantados).
O banco acolheu as questões levantadas e ficou de analisar cada ponto. Uma ação imediata foi uma visita conjunta entre sindicato e a Gerências Regionais de Gestão de Pessoas (Gepes) na CRBB, para tratar de possíveis soluções de treinamento, cursos e como condições de trabalho.
“Temos um encaminhamento do assunto e agora os funcionários da CRBB terão uma atenção maior do banco. Todos nós esperamos que as reivindicações sejam atendidas para que haja melhorias nas condições de trabalho e de saúde dos trabalhadores. Vamos esperar a resposta do banco”, disse Ana Paula Busato, dirigente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região e da CEBB.
Gestão de pessoas
Durante a reunião, os representantes dos trabalhadores também foram informados que haverá mudanças nas Gepes, que passarão a produzir soluções para as dependências. Dentro da nova estrutura, haverá um segmento responsável pela CRBB, que poderá verificar todas as questões apresentadas pelos funcionários e será responsável por tratar desse assunto com os representantes dos trabalhadores.
Questões apresentadas
- Sobrecarga do atendimento nas CRBBs pela fata de funcionários;
- cargos vagos não são repostos por falta de concursos para contratação de novos funcionários;
- funcionários sentem-se pouco reconhecidos, ainda que sejam bem qualificados com cursos, graduação, pós-graduação e certificações;
- diferença entre cobrança em relação a metas e disponibilidade para atendimento, de acordo com a tipificação de atendimento;
- falta de clareza nas metas e cobrança excessiva;
- falta de clareza nos critérios para pagamento do PDG;
- falta de plano de carreira na CRBB e perspectiva profissional (Plano de Cargos e Salários);
- falta programa de capacitação dos funcionários para o atendimento de determinados “skills” (produtos de investimento/captação, ações etc.), embora possam ter certificação (CPA20/CEA) para esse tipo de atendimento;
- sobrecarga de ligações para o atendimento do ATA das agências, e demais atendimentos, devido à falta de funcionários e ligações sem pausas adequadas;
- valorização dos atendentes/consultores, com valor de referência (VR) compatível com as metas de negócios e seja atrativo para o encarreiramento no BB.
Fonte: Contraf-CUT