Em meio a tantos escândalos de corrupção que assolam a credibilidade do poder público e afetam a própria economia do país, um novo capítulo surge, mais uma vez, com o envolvimento de organizações privadas e entidade federal. Na última quinta-feira (26), a Polícia Federal deflagrou a Operação Zelote, que desarticulou um esquema de negociações fraudulentas para apagar débitos com a Receita Federal no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).
Os bancos, sempre muito bem em lucratividade e pouco preocupados com a transparência em suas transações, apareceram entre os investigados por envolvimento na organização criminosa. Bradesco, Santander, Safra e Bank Boston (comprado pelo Itaú em 2006) e a seguradora Bradesco Seguros estão entre as cerca de 70 empresas alvos de averiguação da Zelotes, por possíveis subornos a integrantes do Carf com intenção de facilitar o trâmite, ou seja, para que produzissem pareceres favoráveis aos contribuintes nos julgamentos de recursos dos débitos fiscais.
De acordo com as investigações de uma força-tarefa formada por Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público Federal e a Corregedoria do Ministério da Fazenda, os valores desfalcados dos cofres públicos, contabilizados até agora, já chegaram a quase R$ 6 bilhões.
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