A semana passada terminou com a notícia de que a Operação Lava Jato investiga, na sua 11ª fase, crimes supostamente cometidos na Caixa Econômica Federal. Entre eles, fraude em licitação, corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro. As suspeitas da Polícia Federal e do Ministério Público Federal recaem sobre contratos com a empresa IT7 Sistemas e a agência de publicidade Borghi Lowe, com acusações de serviços não prestados e pagamento de propina.
As denúncias precisam ser rigorosamente apuradas, com a transparência e a seriedade que todos os trabalhadores da Caixa e a sociedade exigem e merecem. Doa a quem doer, punindo de maneira exemplar todos os comprovadamente envolvidos em práticas ilícitas. É importante, porém, que as investigações não sejam contaminadas pelas disputas partidárias cada dia mais acirradas, que têm, nos últimos meses, distorcido fatos e disseminado inverdades Brasil afora.
A Caixa Econômica Federal informou, ainda na sexta-feira, que vai abrir apuração interna para averiguar os fatos revelados, que colaborará com as investigações e que vai encaminhar os contratos relacionados às empresas citadas à Controladoria Geral da União, à Polícia Federal e ao Ministério Público. Não poderia ser diferente.
A Caixa é um patrimônio de todos os brasileiros. Esse foi o sonoro recado dado pelos mais de 100 mil empregados, pelas entidades representativas e pela sociedade – e ouvido pela presidenta Dilma Rousseff – durante a vitoriosa campanha contra a proposta de abertura de capital do banco. Nesse sentido, não se pode permitir que crimes, cometidos por quem quer que seja, e nem denúncias infundadas prejudiquem a atuação da Caixa 100% pública em prol de um Brasil melhor.
Fonte: Fenae