A informação é uma das maiores armas dos bancários para o combate às doenças ocupacionais. Pensando nisso, a diretoria do SEEB/VCR realizou na última quinta-feira (16), na sede do Sindicato, o encontro de bancários portadores de doenças ocupacionais. O objetivo central da reunião foi promover o esclarecimento da categoria e alertar para os procedimentos a serem seguidos pelos bancários adoecidos.
Uma das questões abordadas foi sobre a medida provisória nº 664, publicada pela presidente Dilma em dezembro do ano passado, que resultou em alterações no recebimento do auxílio-doença. Para a diretora de Assuntos de Saúde e Qualidade de Vida do Trabalhador, Eneide Lima, a nova regra – que obriga a empresa a pagar até 30 dias de afastamento – vai gerar ainda mais pressão para a descaracterização do adoecimento.
“Abordamos, entre outras coisas, qual o impacto que as novas regras provocaram nas perícias médicas do INSS, esclarecemos os bancários como eles devem proceder a partir de agora e como manter a luta para que o INSS e os bancos continuem reconhecendo as LER/DORT como doença ocupacional”, afirma.
Para sanar as dúvidas jurídicas, o Dr. Messias Amaral, advogado de um dos escritórios que prestam assessoria ao Sindicato, também participou da reunião orientando sobre os direitos dos bancários acometidos pelas doenças ocupacionais. O encontro também foi um momento para que a
categoria pudesse conhecer o histórico de luta dos trabalhadores para o reconhecimento das LER/DORT pelo Ministério da Previdência Social e quanto ainda precisa ser conquistado.
“Era uma cobrança dos próprios bancários que o Sindicato fizesse esse tipo de reunião. Creio que seja de suma importância para os bancários para que tenham um conhecimento maior sobre a doença, sobre as formas de tratamento para amenizar os sintomas e quais são os direitos enquanto trabalhadores”, compreende o bancário do Bradesco, Elias Andrade.