O Bradesco demonstra, mais uma vez, o seu desprezo com os profissionais que, ano após ano, elevam a sua lucratividade. Desde outubro, o banco desligou 18 bancários que atuavam na base territorial do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região. Com esses desligamentos, o Bradesco acumula 109 demissões nos últimos seis anos, o que equivale a 36% dos cortes na região neste período.
Em alguns casos o banco tem desligado, sem justa causa, funcionários que adquiriram doenças ocupacionais, que estão em um momento de fragilidade física e emocional e que deveriam ter garantida a sua estabilidade.
Além disso, o Bradesco também vem fechando postos de trabalho através do Plano de Demissão Voluntária (PDV). Este ano já foram realizadas 13 homologações do PDV na base do SEEB/VCR e, ao que tudo indica, as vagas não voltarão a ser preenchidas.
O Sindicato tem atuado constantemente na defesa dos direitos da categoria e, de 2014 até agora, conseguiu reverter 24 demissões irregulares, somente no Bradesco.
A diminuição do número de trabalhadores não se justifica, pois o lucro obtido por meio da exploração de bancários e clientes só cresce. De janeiro a setembro de 2019 o Bradesco lucrou R$ 19,2 bilhões, um crescimento de 22,3%, em relação ao mesmo período de 2018. Somente com a receita de prestação de serviços e tarifas bancárias – que cresceu 6,8% – o banco acumulou R$ 19,8 bilhões, montante suficiente para pagar todas as despesas com funcionários e ainda sobram R$ 3,6 bilhões.
Apesar da lucratividade, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, anunciou que irá fechar 450 agências até 2020. Este ano já foram desativadas 50 unidades e o banco espera encerrar mais 100.
“As demissões diretas e indiretas, por meio do PDV, sobrecarregam os funcionários que permanecem e geram um clima de tensão e instabilidade pela eterna expectativa de serem os próximos da berlinda. É nítida a falta de preocupação com as condições de trabalho e com a saúde dos funcionários, já que o cumprimento das metas e o aumento da lucratividade do banco não garantem a estabilidade no emprego e tal situação acarreta adoecimento da categoria, haja vista o alto índice de afastamento por doenças psicológicas. O Sindicato está à disposição dos colegas desligados para esclarecer sobre seus direitos e, caso necessário, defendê-los na Justiça”, afirma Sarah Sodré, diretora de Assuntos Jurídicos do SEEB/VCR.
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