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‘Inflação do aluguel’ acelera para 2,09% em dezembro e fecha 2019 em 7,3%

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou neste final de ano, e passou de 0,3% em novembro para ficou em 2,09% em dezembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com a alta, o indicador – usado para reajustar grande parte dos contratos de aluguel residencial – fechou o ano em 7,3%.

O resultado é próximo ao registrado no ano passado: em 2018, o IGP-M fechou com alta acumulada de 7,54%.

Componentes

Entre os três componentes do IGP-M, a maior alta no ano foi registrada no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), de 9,08%. Considerando a origem, os produtos agropecuários subiram 16,8%, enquanto os industriais tiveram alta de 6,57%.

Já na divisão por estágios de produção, as matérias-primas brutas subiram 19,19%, enquanto os bens intermediários tiveram alta de 2,14%, e os finais, de 7,93%. Esse resultado foi influenciado pela alta de 5,03% nas matérias-primas brutas em dezembro, puxada pelas elevações de 3,38% em minério de ferro e de 19,57% em bovinos.

Segundo componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,14% em dezembro, ante 0,15% no mês anterior, levanto a taxa acumulada no ano a 4,13%. A mão de obra (4,92%) subiu mais que os preços de materiais, equipamentos e serviços no ano (3,22%).

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), último componente do indicador, subiu 0,84% em dezembro, após alta de 0,20% em novembro, acumulando alta de 3,79% no ano. No mês, a principal contribuição partiu do grupo alimentação (-0,04% para 2,36%), com destaque para as carnes bovinas, que subiram em média 18,03%.

No acumulado do ano, todos os grupos de despesas para o consumidor tiveram taxas positivas: alimentação (4,26%), habitação (3042%), vestuário (1,54%), saúde e cuidados pessoais (4,88%), educação, leitura e recreação (4,48%), transportes (3,08%), despesas diversas (6,56%) e comunicação (1,82%).

Influências em dezembro

No último mês do ano, as maiores influências de alta vieram:

Entre preços ao produtor:

  • Bovinos: 19,57%
  • Carne bovina: 20,37%
  • Milho (em grão): 9,92%
  • Minério de ferro: 3,38%
  • Café (em grão): 15,57%

Entre preços ao consumidor:

  • Jogo lotérico: 23,33%
  • Gasolina: 2,70%
  • Alcatra: 21,55%
  • Contrafilé: 22,80%
  • Carne moída: 12,74%

Entre os preços da construção:

  • Ajudante especializado: 0,31%
  • Servente: 0,24%
  • Carpinteiro (fôrma, esquadria e telhado): 0,28%
  • Pedreiro: 0,26%
  • Eletricista: 0,31%

 

Fonte: G1, com informações da FGV.

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