Na última semana, a Caixa Econômica Federal divulgou uma nova reestruturação com redução na quantidade das Superintendências Regionais (SR) e a criação de outras instâncias de decisão no banco, como as Superintendências Executivas na rede. O projeto foi elaborado sem diálogo com o movimento sindical e sem consulta ao corpo de empregados.
A unidade de Vitória da Conquista é uma das que sofrerão as mudanças. Segundo informações do banco, as funções de gerente Administrativo, gerentes de Clientes e Negócios II e III, e auxiliar de Atendimento serão extintas. Com as alterações, a Superintendência Regional passará a se chamar Superintendência Executiva de Varejo (SEV), administrando 13 agências.
Atualmente, a Bahia possui cinco SRs. De acordo com a Caixa, com as mudanças serão apenas duas Superintendências de Rede: uma em Salvador, que comandará sete SEVs com 73 agências na base subordinadas, e outra em Feira de Santana, abrangendo o restante do estado, com 14 SEVs e 150 agências na base.
Em todo país, o número de Superintendências Regionais deve cair de 84 para 54 e a reformulação deve ser executada no início de março.
Segundo um podcast divulgado pelo banco, a proposta é baseada no modelo de franquias, em busca de fortalecer os negócios com o varejo, ou seja: um aumento agressivo do foco comercial. Trata-se da maior reformulação estrutural da CEF nos últimos 20 anos.
“A reestruturação está sendo implementada pela Caixa sem um debate prévio com os representantes dos trabalhadores, o que nos deixa preocupados. A falta de informação sobre o processo também gera apreensão nos colegas, já que não sabemos como essas mudanças vão refletir futuramente nas funções. Ações como essa, unilaterais e impositivas, demonstram a importância de estarmos mobilizados na defesa de uma CEF 100% pública e voltada para a sua função social”, afirma Daniella Gabrielli, funcionária da Caixa e diretora do Sindicato.
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