Por Alex Leite, diretor de Imprensa e Comunicação.
Com a divulgação dos resultados dos lucros dos bancos Itaú e Bradesco, demonstrando uma lucratividade absurda diante da realidade econômica e social do Brasil, fica cada vez mais claro para quem o governo Jair Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes tem direcionado as políticas públicas.
Com a imposição de Medidas Provisórias, negociando cargos e verbas com o Congresso para aprovar os pacotes que facilitam cada dia mais a vida dos banqueiros e de todo o empresariado, o governo retira direitos conquistados e as garantias mínimas para que o trabalhador possa exercer o seu ofício com tranquilidade e dignidade.
A exploração da mão de obra não tem mais limite. Os contratos provisórios, intermitentes, “carteira-verde e amarela”, são formas de aumentar os ganhos das empresas com a retirada das parcelas do lucro que caberiam à classe trabalhadora.
Se não há limites para os mais ricos nesse governo, a população tem tido as suas necessidades – que deveriam ser atendidas pelos serviços públicos e para os quais destinamos grande parte dos nossos rendimentos por meio do pagamento de impostos – limitadas pela falta de investimentos nos setores essenciais para a sua sobrevivência.
Com o aval do governo, não só os limites para o pagamento da Participação nos Lucros dos bancos (PLRs) se reduzem a valores irrisórios se comparado ao lucro total das empresas, mas também são impostas mudanças e reestruturações, que sem negociações ou apresentação de alternativas prejudicam drasticamente a vida de milhares de funcionários que tem dedicado suas vidas para construir a solidez destas empresas.
É hora de dar um basta à tanta exploração e impor limites a um governo que desconhece os valores e as regras dos direitos humanos.