Por Alex Leite, diretor de Imprensa e Comunicação.
A cada nova notícia que circula nas mídias, a maioria da população brasileira pode perceber que este não é um país para o cidadão comum. Os números do desemprego, do trabalho informal e do aumento das pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza demonstram essa realidade.
Para a categoria bancária, a impressão é que todas as lutas travadas anteriormente e que conquistaram o atual Acordo Coletivo perderam a validade com o novo governo. Os banqueiros e os empresários que apoiaram o atual presidente têm sido os únicos que realmente podem demonstrar satisfação com as políticas implementadas após a eleição. A divulgação dos lucros destas empresas revela a face cruel da exploração. São cifras astronômicas, que antagonizam com os números de demissões, remoções compulsórias, adoecimentos, cortes de direitos e uma pressão extrema para que as metas estratosféricas sejam ultrapassadas diariamente.
Enquanto isso, as pessoas que necessitam utilizar estes serviços essenciais têm sido obrigadas a esperar horas nas filas, pagar tarifas elevadas e se submeter às taxas de juros que nem mesmo os agiotas extraoficiais costumam cobrar de seus devedores.
Os ataques não são aleatórios, têm sido direcionados a todos aqueles que defendem um país com menos injustiça social, mais respeito à diversidade e dignidade no trabalho, e tem vindo de todas as partes do poder nacional. Exemplo explicito da perseguição tem sido a forma como o governo tem tratado a greve dos petroleiros, que estão paralisados reivindicando o fim das demissões, salário e respeito aos seus direitos. O juiz do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra M. da S. Filho, declarou a greve ilegal, além de autorizar “medidas cabíveis” pela empresa e multar os sindicatos em até R$ 500 mil por dia e de bloqueio nos repasses das mensalidades.
Tempos difíceis, mas não resta saída senão enfrenta-los assim como estão nossos colegas trabalhadores da cadeia petrolífera.