Por Sarah Sodré, diretora de Assuntos Jurídicos do SEEB/VCR.
A Marcha das Mulheres é um meio de dar visibilidade à luta de mulheres que fazem o enfrentamento a todas as formas de violência que o desgoverno de Bolsonaro impõe à classe trabalhadora, denunciando o completo desmonte das políticas públicas de combate à violência contra a mulher em nível federal, que vem reverberando de forma avassaladora no estado e nos municípios, e que a cada dia as deixam condenadas à própria sorte. As trabalhadoras, mais uma vez, mostram também que estão dispostas a enfrentar a retirada de direitos e lutar contra a crescente criminalização dos movimentos sociais.
O aumento dos índices de violência contra as mulheres e o feminicídio está diretamente conectado com o governo Bolsonaro. Desde que assumiu a presidência, ele e sua equipe sucateiam serviços de atendimento, disseminam preconceitos e desinformação, e nos tratam como objeto.
Bolsonaro incentiva a violência contra a mulher, naturalizando e fazendo com que os homens se sintam mais confortáveis em nos violentar. Ele corta recursos do combate à violência ao invés de aplicá-los em políticas focadas na prevenção e no atendimento das mulheres em situação de vulnerabilidade.
Lutaremos com voz altiva contra todas as formas de violência, doméstica e familiar, assédio moral e sexual, inclusive no ambiente de trabalho, a favor da igualdade de oportunidades e que se faça valer a igualdade de direitos.