Por Sarah Sodré, diretora de Assuntos Jurídicos.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou na noite desta segunda-feira (16) medidas emergenciais para conter o impacto da pandemia do novo coronavírus sobre a economia brasileira. As ações significam uma injeção de R$ 147 bilhões, principalmente por meio da redução temporária ou adiamento de impostos e da antecipação de pagamentos que seriam feitos ao longo do ano a idosos e trabalhadores. Há também medidas para tentar evitar o forte aumento de preços de produtos médicos e novos recursos para o Ministério da Saúde.
O pacote vem depois de Guedes ter sido criticado, na semana passada, pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, por não ter apresentado medidas de curto prazo para minimizar o estrago que a doença terá na economia. Observa-se que o trabalhador informal (40% dos trabalhadores brasileiros) será o mais impactado e que inexiste, até o momento, medidas para aqueles que estão desempregados. O governo mostra que não está preocupado com os mais pobres.
Banqueiros, até o momento, não demonstraram preocupação com a categoria bancária, muito menos com clientes e usuários. Campanhas publicitárias com o pedido de que a população procure canais alternativos por si só não garantem a não proliferação do vírus. Funcionários que fazem atendimento ao público ou lidam com volume de dinheiro são os mais expostos.
O sentimento da categoria, neste momento é de medo, insegurança e abandono por parte de patrões e governo. Exercemos atividades em contato com o público e estamos vulneráveis a esse vírus que atingiu nível de propagação mundial.