Federação destaca que medidas para garantia de programas sociais e sobrevivência de empresas que estão sendo adotadas pelo banco comprovam a relevância do caráter público e social da empresa
Caixa e outros bancos públicos têm papel importante nesses períodos mais difíceis da economia, pois atuam, de maneira decisiva, para a realização de políticas públicas. Isso, no caso da Caixa, é parte de sua característica de banco público e social. Desde os primeiros sinais que o país e os brasileiros poderiam enfrentar grandes dificuldades financeiras em reflexo à pandemia do coronavírus, a Caixa Econômica Federal — além do BNDES e do Banco do Brasil, patrimônios dos brasileiros — vêm provando que, também nesta crise, o Brasil precisa e conta com estas instituições em qualquer momento da vida da nação.
“Tal como ocorreu em outras situações conjunturais, a empresa está pronta para ajudar o país a retomar o crescimento econômico”, reforça o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Pedro Ferreira.
Até este momento, a Caixa garantiu um total de R$ 111 bilhões em linhas de crédito para diferentes segmentos da sociedade, além de reduzir os juros do cartão de crédito e do cheque especial. Foram assegurados R$ 60 bilhões para capital de giro de empresas (especialmente, micro e pequenos empreendimentos), R$ 40 bilhões à compra de carteiras de pequenas e médias instituições financeiras, R$ 5 bilhões para hospitais filantrópicos e Santas Casas e R$ 6 bilhões para a agricultura.
Outros R$ 44 bilhões estão estimados para o pagamento de um auxílio a trabalhadores informais (“voucher” de R$ 600 mensais, por três meses) — benefício que deverá ser aprovado pelo Senado no início da próxima semana para poder entrar em vigor. Quase a totalidade destes recursos serão destinados pela Caixa Econômica Federal.
O balanço das medidas adotadas pelo banco e os recursos garantidos em socorro ao país foram apresentados nesta sexta-feira (26) pelo presidente da instituição, Pedro Guimarães. “A Caixa está na linha de frente das ações para a garantia dos programas sociais e da sobrevivência digna das pessoas e do setor produtivo. Ela deve, portanto, continuar 100% pública, 100% dos brasileiros. Este patrimônio não pode ser privatizado e colocado nas mãos de bancos privados que, em uma fase desafiadora com esta, sobem os juros e dificultam o acesso ao capital”, ressalta o presidente da Fenae.
Jair Ferreira lembra que o BNDES também vem correspondendo às demandas do país e promete injetar R$ 55 bilhões para ampliar o crédito aos setores mais afetados pela crise. Os recursos poderão chegar a 150 mil empresas, resultando em dois milhões de empregos.
O presidente da Fenae observa que somente nos últimos dias, diante do agravamento da crise, é que a equipe econômica do governo arrefeceu o discurso privatista que vinha adotando. “Agora, fica mais do que claro e inquestionável que as principais iniciativas de proteção à nossa economia dependem dos três maiores bancos públicos. Eles é que foram convocados a reforçar a liquidez do sistema financeiro e a atender as necessidades de crédito de todos os setores da sociedade”, completa.
HABITAÇÃO — Nesta sexta-feira, o presidente da Caixa também pontuou que o banco adotou medidas para ajudar cerca de 750 mil beneficiários da casa própria, oferecendo uma pausa de 90 dias para o pagamento das prestações. Pedro Guimarães informou que está em análise a ampliação deste prazo para 120 dias.
Conforme aponta o presidente da Fenae, apenas a Caixa – que financia 70% de toda habitação no país e 90% das unidades para famílias com baixa renda –, direcionou R$ 370 bilhões para essa finalidade, nos últimos anos. Enquanto isso, bancos como Itaú, Santander, Bradesco e HSBC responderam por menos de um quarto deste montante: R$ 86 bilhões.
OBRAS — O presidente da Caixa Econômica ainda afirmou, nesta sexta-feira, que a instituição já liberou R$ 3,35 bilhões para estados e municípios manterem obras urgentes, em um total de 246 operações de financiamento. Segundo a direção do banco é avaliada a possibilidade de aumentar para 324 a quantidade de operações, chegando a um total de R$ 5,16 bilhões em investimentos.
Fonte: Fenae