Vito Gianotti: um guerreiro na luta pela democracia

Na última sexta-feira (24) o Brasil perdeu Vito Gianotti, um dos maiores nomes do jornalismo de esquerda. Vito foi metalúrgico, sindicalista, historiador, escritor, jornalista, professor, fundador do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) e militante da democracia e do socialismo.
Nascido na Itália, Gianotti veio para o país aos 21 anos e aqui tornou-se um dos homens mais ativos na defesa dos trabalhadores brasileiros. Autodidata, tornou-se jornalista pela convicção de que a classe trabalhadora precisa construir seus próprios meios de comunicação – com linguagem respeitosa, clara e com profissionalismo – para não ser esmagada pela grande mídia.
Ajudou a fundar diversos jornais e, através do NPC, de seus livros e palestras, contribuiu imensamente para o incentivo, formação e renovação da comunicação da classe.
Em junho do ano passado Gianotti esteve em Vitória da Conquista ministrando um curso de Formação e História Sindical para os diretores do SEEB/VCR. Na oportunidade, Vito expressou a sua visão sobre a condução do movimento sindical. “A categoria sempre tem que tomar o movimento em suas mãos. Se a diretoria é de combate, é decente, estarão todos juntos. Se a diretoria não acompanha a luta, os trabalhadores passam por cima. É a melhor coisa do mundo, pois os próprios trabalhadores devem dirigir as suas lutas. Se a diretoria estiver acomodada, tem que ser esmagada, esta é a minha visão”, afirmou.
Para o diretor de Imprensa e Comunicação do SEEB/VCR, Alex Leite, Vito Gianotti é um exemplo de empenho pelo movimento popular. “Conheci Vito há cerca de 20 anos e desde então passei a admirar sua luta intransigente em defesa de um mundo melhor. Sua dedicação à luta dos trabalhadores será sempre lembrada por aqueles que acreditam na construção de uma sociedade com justiça social para todos”, considera.