Apesar da difícil situação dos participantes, a fundação continua ignorando medidas essenciais
Os últimos meses têm sido especialmente difíceis para os participantes da Funcef. Com a pandemia do coronavírus, a situação financeira que já não era das melhores, piorou muito. Além disso, as medidas urgentes esperadas para aplacar essa angústia são adiadas demostrando total falta de respeito e comprometimento da Fundação.
A Fenae elencou três medidas urgentes que a Funcef poderia tomar para melhorar a vida do participante. Confira:
Contencioso judicial
Desde 2017, a Funcef prometeu, em reunião com entidades representativas de participantes e assistidos, que faria estudos com consultoria externa para descobrir o valor real do custo do contencioso judicial. Apesar do compromisso firmado, a Fundação não divulgou nenhum resultado e o impacto nas reservas decorrente as ações de origem trabalhista que já tiverem trânsito em julgado seguem sem ter seu impacto no plano divulgado.
Sem resolução, o contencioso “oculto” segue pesando no bolso dos participantes que pagam o equacionamento.
CNPC 30
A Fenae defende, desde outubro de 2018, quando a Resolução 30 no CNPC foi publicada, que a Funcef faça a revisão do equacionamento e dilate o prazo de pagamento dos equacionamentos dos planos de benefícios da Funcef, diminuindo a alíquota mensal do pagamento.
O atual momento que vivemos terá forte impacto no cotidiano das pessoas e no cenário econômico mundial e o alto nível de endividamento de participantes e assistidos dos planos administrados pela Funcef, notadamente o Reg/Replan nas modalidades Saldado e Não Saldado já foi constatado, o que exige uma solução urgente da Funcef.
A Fenae, inclusive, já formulou uma nova proposta para ser apresentado no CNPC que melhora o texto e diminui ainda mais valor do equacionamento, pois alterando o primeiro parágrafo do artigo 34, a Funcef não precisará incorporar deficits posteriores ao plano de equacionamento.
A resolução está nas mãos da Funcef, que mais uma vez não toma providências.
Credplan
Em meio à pandemia do coronavírus, ao invés de adotar medidas para atenuar o peso dos empréstimos no bolso dos participantes, a Funcef ao invés de diminuir sua abusiva taxa de juros e isentar o pagamento das parcelas por três meses, como a Fenae já demostrou que pode ser feito, abriu a possibilidade de refinanciar três meses de cobrança das parcelas, estendendo o prazo de pagamento e por consequência o valor do empréstimo.
Em função dos juros acumulados, o impacto cresce à medida em que o prazo do empréstimo é maior. A depender do número de meses restantes para a quitação, a suspensão de três parcelas pode significar o aumento de até 11 parcelas para quem ainda teria 120 meses pela frente.
Os participantes precisam de amparo e segurança nesse momento e a Funcef não pode ficar de mãos atadas.