O 1% mais rico da população ganha 33,7 vezes mais do que a metade população pobre. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), referente ao ano de 2019.
Os dados, que foram divulgados dados nesta quarta-feira (06/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, em números, o rendimento médio mensal do 1% mais rico da população, era de R$ 28.659, enquanto o rendimento da metade da população mais pobre do Brasil era de R$ 850.
De fato, no Brasil, há uma grande diferença entra as rendas e a concentração de riquezas em apenas uma camada da sociedade. Essa realidade é evidente no Índice de Gini, que mede a concentração de uma distribuição e que varia de zero (perfeita igualdade) a 1 (desigualdade máxima). O índice de Gini do rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos foi de 0,509 em 2019.
Na Bahia, também foi registrado uma grande disparidade entre as rendas. A média salarial dos 10% mais ricos da Bahia registrou um maior aumento e passa a ser 50,5 vezes o salário dos 10% mais pobres. Em números, os trabalhadores do grupo de maior rendimento tiveram aumento real de 7,7% entre 2018 e 2019, saindo de R$ 6.425 para R$ 6.920, se afastando dos 10% que recebiam os menores rendimentos do estado, que viram seu salário médio aumentar 2,2% entre 2018 e 2019, de R$ 134 para R$ 137.
Com isso, o aumento na desigualdade salarial na Bahia, em 2019, se consolidou no Índice de Gini do rendimento médio mensal de todos os trabalhos no estado, que subiu do 9º maior em 2018 (0,524) para o 7º em 2019 (0,533).
Fonte: FEEB/BaSe