Após assumir que “pode” ter cometido erros, a presidente Dilma fala em remédio amargo contra a crise. Se a maioria dos brasileiros já são obrigados a recorrer ao “chá de boldo” para curar algumas doenças por não encontrar atendimento adequado nos hospitais públicos, enfrentar o ajuste fiscal é mais uma maldade provocada pela má administração dos impostos que todos pagamos.
Desemprego, redução de direitos, sobrecarga de trabalho, adoecimento e metas absurdas, aliadas às medidas econômicas do governo federal, deixam os bancários e os demais trabalhadores apreensivos sobre o futuro do mundo do trabalho, esquecendo que só a luta coletiva pode trazer dias melhores.
Enquanto as imagens de alguns políticos e empresários enfileirados para embarcar nos carros de polícia dão a impressão de que a justiça é igual para todos, vários deles escaparão quase ilesos dos crimes que cometeram e continuam os esquemas delituosos, sem medo de punição.
Torna-se urgente uma mudança nesse modelo eleitoral, que transforma políticos em meros empregados do capital financeiro e empresarial, tornando sistêmica a corrupção alimentada pela troca de favores entre partidos que não representam os interesses da maioria dos brasileiros.
Se “remédio amargo” curasse a crise, a corrupção e os desmandos dos políticos, deveria ser medicação obrigatória para prevenção assim que eles se declarassem candidatos.