Fenaban não garante empregos

Terminou sem avanços a negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban realizada na tarde desta quinta-feira (6/8), por videoconferência. Os bancos afirmaram mais uma vez que discutirão as demandas sobre emprego e teletrabalho em uma reunião interna, no dia 12 de agosto, e que apresentarão uma proposta sobre os temas nos próximos encontros.

A Fenaban informou ainda que já realizou reuniões com os representantes dos bancos estrangeiros e de 10 bancos públicos. Na pauta da Fenaban está também relações de emprego e atividade econômica.

Durante a reunião de hoje, o Comando reforçou a preocupação com o fechamento de agências. Em um ano, foram 1.028 unidades fechadas no país, sendo 558 entre dezembro de 2019 e junho de 2020, isso corresponde a praticamente  100 fechamentos por mês neste período, segundo  dados do Banco Central.  A situação pode ficar ainda pior, pois alguns bancos estão anunciando que vão intensificar este processo.

“Essa é uma situação de caos, pois uma agência fechada traz prejuízos enormes para os bairros e regiões das grandes cidades ou para as cidades do interior. Esse número de fechamento acontece no momento em que a população mais precisa dos bancos. Quando uma unidade fecha, aumenta o número de filas e aglomerações em outras, potencializando a possibilidade de contaminação pelo covid-19 de clientes e funcionários”, ressaltou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, que participa das negociações.

Neto reforça ainda a necessidade de investimentos públicos para retomar a economia, com a possibilidade de reabertura das agências e também para garantir o emprego dos trabalhadores. “Cada agência fechada eleva o risco de desemprego dos bancários e os bancos também têm um papel neste processo”, acrescentou.

O Comando reforçou também a reivindicação de que os bancários não sejam substituídos por terceirizados e que os empregos no setor sejam da categoria.

Os bancos reconheceram que está tendo uma redução, em torno de 10%, do número de agências e argumenta que está tendo o crescimento de cooperativas e agentes autônomos de crédito.

Como resposta, os representantes dos bancários afirmaram que querem discutir a situação destes agentes de crédito, com o objetivo de trazer esse segmento para dentro da categoria.

As partes voltam a se reunir na próxima terça-feira, 11 de agosto, a partir das 14h, para discutir saúde e condições de trabalho.

Fonte: FEEB/BA-SE.