Os bancários da Caixa e do Banco do Brasil mostraram, mais uma vez, que um movimento forte se faz com autonomia. Mesmo com o fim da greve nos bancos privados na última segunda-feira, dia 26, eles decidiram ficar mais um dia com os braços cruzados, e só retornaram às atividades nesta quarta (28). Já no BNB a greve durou ainda mais, totalizando 23 dias de paralisação.
Os bancários da região, assim como em outros estados, resolveram manter a greve para avançar nas conquistas, demonstrando também para o Comando Nacional a insatisfação com a forma como foram conduzidas as negociações e com a orientação da aceitação da proposta, que ignorou as reivindicações por melhorias na saúde, condições de trabalho e novas contratações.
Para a bancária Ludymilla Roncada, do BB, apesar do fim da greve, a luta continua diariamente nas agências. “Este último dia de greve foi válido, assim como no ano passado, e é importante porque a gente consegue atingir outras bases e mostrar para a categoria que o movimento tem força. A greve acabou, mas a gente precisa buscar melhorar a situação das agências, principalmente em relação ao número de funcionários, pois temos algumas com um quadro muito pequeno de pessoal para dar conta de metas e atendimento à população”, afirma.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato, Bruno Maia, é importante que as mobilizações continuem e os bancários passem a participar mais ativamente do movimento. “Eu espero que os bancários passem a abraçar a causa da categoria, porque a solução para os nossos problemas só virá com a participação de todos. Estendemos a greve para demonstrar nossa insatisfação com a postura tomada nos principais centros, mostrando que temos autonomia para encerrar a greve independentemente da orientação do Comando”, conclui.