Na tarde da última terça-feira (03), os representantes do Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) assinaram a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que contém os índices conquistados durante a última greve da categoria.
A CCT garante para os bancários de todo o território nacional o reajuste de 10% para salários, piso, PLR, verbas, e de 14% nos vales refeição, alimentação e na 13ª cesta. Além disso, foi assinado um termo de entendimento entre o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco, Santander, HSBC e o Comando Nacional para tratar das condições de trabalho nos bancos.
A Campanha Salarial também assegurou acordos específicos, como é o caso dos bancários do Itaú, com a renovação do acordo referente à bolsa de estudos e ao Programa Complementar de Remuneração (PCR), que prevê pagamento de R$ 2.285, sem desconto na PLR da categoria. Já os funcionários do HSBC, receberão uma gratificação de R$ 3 mil. No caso do BB, fica firmada a isonomia dos egressos de bancos incorporados (como a antiga Nossa Caixa), para atendentes do Serviço de Apoio ao Cliente (SAC) e da Central de Atendimento (CABB), além da manutenção da distribuição semestral da PLR. Na Caixa, o acordo prevê a não implantação da terceira etapa do plano Gestão de Desempenho Pessoal (GDP), a manutenção da promoção por mérito e a PLR Social de 4% do lucro líquido no exercício de 2015, distribuído igualmente para todos os empregados elegíveis, de acordo com as regras estabelecidas em ACT.
O aditivo específico do Banco do Nordeste será assinado nesta quinta (05), com a presença do diretor de Assuntos Jurídicos do SEEB/VCR, Rodrigo Maia, que também fez parte da mesa de negociação.
Em relação aos dias parados, a CCT certifica que não haverá desconto na remuneração e que ocorrerá a anistia de 63% dos dias para os trabalhadores com jornada de seis horas e de 72% para quem faz oito horas. A reposição será de, no máximo, uma hora por dia, começando entre 4 ou 5 de novembro até 15 de dezembro.
Para o presidente do Sindicato, Paulo Barrocas, a Campanha Salarial 2015 se encerra agora, mas a luta da categoria deve ser mantida diariamente. “Não foi o que muitos bancários esperavam, mas, por conta do momento vivido pelo país, foi o que foi possível obter. Contudo, a luta não se encerra com a assinatura desse acordo. Devemos nos manter mobilizados por melhores condições de trabalho, para que na próxima Campanha possamos ter um resultado ainda melhor”, conclui.