Sindicato dos Bancários Sindicato dos Bancários
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Os bancos passam muito longe do agravamento da crise econômica mundial e continuam a alavancar os lucros. Basta analisar os resultados do terceiro trimestre. No Santander, o balanço saiu de R$ 0,54 bilhão entre julho e setembro de 2014 para R$ 1,7 bilhão neste ano. Outros bancos também apresentam alta. O Bradesco foi de R$ 3,88 bilhões para R$ 4,12 bilhões. O Itaú subiu de R$ 5,4 bilhões para R$ 6,1 bilhões. O último a divulgar a parcial, o Banco do Brasil, passou de R$ 2,78 bilhões para R$ 3,1 bilhões na comparação entre o terceiro trimestre de 2014 e o de 2015.
É fácil explicar o porquê de tanto dinheiro. Juros lá em cima, ganhos com o spread bancário (diferença entre o que o banco paga para captar e o que cobra para emprestar), taxas abusivas em todos os serviços e o chamado controle nas despesas, mais conhecido como a política de redução do quadro de pessoal, que reduz os custos, mas aumenta a sobrecarga de trabalho nas agências.
Além das demissões, a seleção rígida para os tomadores de empréstimo, a concentração bancária, que reduz a concorrência no setor, e a diversificação dos negócios proibida em muitos países, mas permitida no Brasil, deixam o caminho livre para o lucro crescer ainda mais.
