O anúncio feito pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, da suspensão do projeto de reforma da rede de ensino público mostra o poder da mobilização popular. Sem contar com as bandeiras de nenhum partido político nem das organizações estudantis, que na sua maioria também são vinculadas aos partidos a exemplo da UNE (União Nacional dos Estudantes), os estudantes da periferia iniciaram uma luta para defender o direito de acesso ao ensino público.
A ocupação das escolas realizada pelos estudantes, reprimida inicialmente pela polícia com o uso da violência e a prisão de menores, levou à mobilização de vários setores da população, que se manifestaram em apoio à causa estudantil. Temendo a queda de popularidade e a pressão popular, o governador interrompeu as mudanças e fez um discurso minimizando o erro cometido. Assim, fica claro que só a pressão popular pode modificar alguma coisa na política.
Com a publicação da carta do vice-presidente Michel Temer reclamando da condição de “vice-decorativo” e que suas indicações pessoais para cargos públicos não foram aprovadas, fica evidente que, enquanto o governo buscar uma governabilidade baseada na troca de cargos e favores, o país seguirá no rumo da corrupção e da falta de ética.
Um país com justiça social e que represente os interesses da maioria só surgirá quando for governado com a participação popular, e não com os oportunistas do poder. Por isso, temos que seguir lutando.
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