Mudanças nas metas estabelecidas e inclusão de novas metas estressam os empregados e indicam falta de rumo da gestão
Mudanças nas metas estabelecidas e inclusão de novas metas vêm surpreendendo os empregados da Caixa Econômica Federal, prejudicando a avaliação das unidades, equipes e os próprios trabalhadores.
“Um clima de desorientação e assédio se instala no ambiente de trabalho da Caixa. E isso é péssimo! Gestores falam em metas desafiadoras, mas o que vemos são metas pra lá de adoecedoras e que desconsideram, inclusive, o cenário de pandemia que ainda vivenciamos. Tá faltando não só planejamento da direção da Caixa, mas principalmente respeito com seus empregados”, avaliou a coordenadora da Comissão de Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.
De acordo com as últimas denúncias dos empregados da empresa, com as alterações recentes no Conquiste, as agências caíram 10 pontos, em média. Antes das mudanças, quase todas estavam em Alta Performance, e muitas com as metas batidas até o final do ano. Agora, quem ainda não saiu da Alta Performance, está se mantendo por muito pouco.
Para o diretor-presidente da Associação do Pessoal da Caixa do Estado de São Paulo (Apcef/SP), Leonardo Quadros, um gestor não consegue realizar seu planejamento se o executivo da empresa muda a todo momento o foco das cobranças. “Como é possível alterar as ‘regras do jogo’ do meio pro final da partida? Não se gerencia o que não se mede”, observou o dirigente da Apcef/SP citando o estatístico e professor universitário estadunidense William Deming. “Mas, a atual direção do banco parece que não sabe nem quer saber o que pretende medir, já que altera o Conquiste constantemente”, completou.
Itens que até recentemente faziam parte do Conquiste e eram bastante cobrados, como o “home broker”, foram excluídos, enquanto outros itens foram incluídos. A cobrança sobre o “home broker” ocorreu com mais força no período em que havia, pela direção do banco, a perspectiva da primeira venda ações de áreas do banco, como a Caixa Seguridade, (IPO – sigla em Inglês).
“Mais uma vez, os empregados se mostram indignados, com toda a razão. Esperamos um diálogo mais transparente com a Caixa e, principalmente, que o banco respeite e valorize seu corpo funcional”, concluiu Fabiana.
Mesa permanente
Este tema (aumento das metas e seus reflexos) está pautado no debate da mesa de negociações com a Caixa, que está ocorrendo na tarde desta terça (3). Acompanhe no site da Contraf-CUT os desdobramentos da mesa permanente de negociação.
Fonte: Contraf/Cut